Os anõezinhos esperam pacientemente. Eles sabem esperar. Eles sabem oque é a espera. Eles contam nos dedos os anos, os meses, os dias, as horas, os minutos, e cada segundo. Eles conhecem a espera tanto quanto a eles.
Então, eles saem de suas tocas, cavernas, e túneis subeterrâneos. De seus buracos e valas. Aos milhares. Eles correm, marcham, e andam. Todos eles rumam em direção a cidade. Ela enche-se deles. As pessoas os contemplam. Que bonitinhos...pensava-mos que criaturinhas tão pequeninas não existissem. E agora ?
Então, agora, subitamente como num bote, as sorridentes e pequeninas criaturinhas pulam nas pessoas, subindo pelas suas roupas. Elas olham fixamente os rostos das pessoas, e comem seus narizes e orelhas. Elas fincam suas unhas, junto com seus dedos, nos rostos das pessoas, e comem suas carnes. Carne de gente.
Os anõezinhos tem muita fome. Eles esperaram muito. Eles sabem esperar. Eles sabem oque é a espera. Eles contam nos dedos os anos, os meses,os dias, as horas, os minutos, e cada segundo.
Por: André Psi.